Nossos filhos não são, na verdade, nossos. Não
são do mundo também; são deles mesmos. Cada pessoa não pertence a
ninguém além de si própria. Podemos querer o melhor para eles, nos
esforçar para que eles sejam felizes, mas temos que respeitar
as escolhas que eles fazem. Não é nosso direito escolher por eles.
Nosso papel é orientá-los, ensiná-los a serem pessoas de bem,
principalmente, através do nosso exemplo. Mas se eles quiserem escolher
uma profissão que não julgamos adequada, casar-se com alguém de etnia ou
condição sócio-econômica diferente, assumir sua homossexualidade ou
simplesmente sair de casa para morar sozinhos, não nos cabe tentar
impedir ou fazê-los mudar de ideia. Nada disso interfere no caráter e na
honestidade. Temos que nos preocupar em criá-los com dignidade,
respeito, amor. Isso é o que faz a diferença na hora de estabelecer quem
são as pessoas de bem.
Monica de Castro
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