Muita
gente aprendeu em livros e palestras de auto ajuda a pensar primeiro em
si e depois nos outros. Com certeza, quando damos atenção a nós mesmos,
percebendo nossas emoções e desejos, nos fortalecemos para ajudar
outras pessoas. Porém, muitos aprenderam que devem ignorar totalmente o
que os outros pensam em relação às suas atitudes e acabam ultrapassando
a linha do respeito ao próximo.
Cumprimentar todas a pessoas é um ato de amor a si mesmo também.
Normalmente, quando as pessoas iniciam sessões terapêuticas com
psicólogos,passam a reconhecer seus próprios talentos, expandindo a
auto-estima. Isso faz com que elas rompam o casulo onde se escondiam e
descubram seu direito de dizer não ou sim, conforme sua vontade. A
energia de sua personalidade, que por muito tempo permaneceu aprisionada
em seu inconsciente, começa a jorrar com força para fora, levando-as a
ser ríspidas e prepotentes com quem antes as dominava.
Fazer
terapia sem espiritualidade pode fazer com que as pessoas exacerbem o
egoísmo, que é muito diferente de auto-estima, tornando-as antipáticas e
seletivas ao extremo.
Saber encontrar o caminho do meio não é
fácil. Nos extremos, ou a pessoa se anula para agradar aos outros, ou se
torna fria e arrogante para se libertar das pressões e chantagens
emocionais.
Quando a alma está em paz e feliz, naturalmente somos simpáticos com todos que cruzam o nosso caminho.
Colocar-se sempre no lugar do outro faz de você uma pessoa grandiosa e
especial, mas para ter essa atitude é necessário reconhecer a essência
divina em todas as criaturas. Só assim você sente vontade de sentir o
que o outro sente, com a firme disposição de compreendê-lo e aceitá-lo.
Quem não tem essa consciência procura se distanciar, restringindo suas
relações a um pequeno grupo, para sentir-se em segurança.
No
outro extremo, quem distribui sorrisos a esmo e concorda com tudo, sem
mostrar seus verdadeiros pensamentos, pode até conquistar o carinho e a
simpatia alheios, mas se o convívio se tornar constante ninguém
suportará essa pessoa, pois ela exala insegurança.
Quem
verdadeiramente tem carisma não evita expressar opiniões, sabendo
fazê-lo de forma firme e simpática, sem querer impor sua vontade a
ninguém.
Por outro lado, quem anseia amor a qualquer custo e se
aborrece quando alguém não o admira revela baixa auto-estima e medo do
abandono.
Saber respeitar o direito de alguém não gostar de
você, sem mágoas e sem criticas, é prova de sua maturidade espiritual e
de equilíbrio emocional para lidar com os problemas da vida.
Conquiste o amor das pessoas pelo prazer de amá-las, e não para encobrir
suas próprias carências. É muito bom amar e receber amor, e é melhor
ainda saber que esse amor é de graça, sem segundas intenções. O que vale
mesmo é buscar no outro o aprendizado para nossa própria evolução,
afinando nossa alma com o amor cósmico.
Cristina Cairo
Trecho do Livro "A Lei da Afinidade"
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