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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Você Colhe o Que Planta

"O homem semeia um pensamento e colhe uma ação, semeia um ato e colhe um hábito, semeia um hábito e colhe um caráter, semeia um caráter e colhe um destino.”
Em vez de querer mudar pessoas ou circunstâncias externas ou apenas procurar resolver nossos problemas externos, é necessário contemplar e descobrir que lições precisamos aprender, que virtudes precisamos desenvolver com cada problema. Compreender o que Deus e o universo estão querendo nos ensinar.
Fomos condicionados a pensar que as outras pessoas ou as circunstâncias externas nos afetam, mas primeiramente somos afetados pela nossa atitude em relação às coisas. Depende de nós que sejamos afetados negativamente ou positivamente.
A lei karmica de Deus não é punição, é um aprendizado. É uma oportunidade divina para encontramos o caminho do dharma, do dever. Quando aprendemos a lição, quando praticamos o caminho da retidão, da verdade, da luz, nós nos sintonizamos com a lei de harmonia universal que preserva a unidade do universo.
Ações corretas produzem bons resultados. Atos errados conduzem às más conseqüências. É importante compreender essa máxima: Não há felicidade ou miséria não merecida.
Mesmo que seja difícil de entender, tudo acontece para o melhor. Tanto as coisas boas como ruins têm o propósito elevado de nos transformar, de nos educar, de nos aperfeiçoar.
Nada acontece por acaso. No momento presente estamos vivenciando como condições e circunstâncias da vida o que foi criado por nós no passado. Não temos controle sobre esse karma acumulado, porque tudo está de acordo com a justiça universal divina.
Essa vida é um palco estabelecido para que possamos vivenciar nosso karma na atmosfera certa. Não podemos mudar este mundo; não podemos mudar os outros. (Compreender isso nos liberta de um grande peso) Tudo é como é. Não há nada para reformar. Tudo o que temos que fazer é obter o correto dentro de nós. O externo cuidará de si mesmo.
Porém temos uma saída. Apesar de não podermos ficar livres das causas do karma, podemos ficar livres dos efeitos do karma, suportando-o com aceitação, com paciência, com entendimento, com gratidão, sem revolta. Isto faz toda a diferença. Em vez de ficar lamentando, sentindo-se vítima e sofrendo sem resolver nada, podemos escolher aceitar e aprender.
É uma grande sabedoria entender que a primeira coisa que temos controle é a nossa própria atitude. Ela determina nossa experiência interior, nossa verdadeira experiência. Quando determinamos o que acontece dentro de nós, então determinamos nossa experiência de vida. Esse é o segredo para o autodomínio e a liberdade.
O Dharma (o dever) é a lei de justiça universal. É praticar ações virtuosas; desenvolver qualidades como a generosidade, a bondade, a compaixão, o altruísmo, a verdade, a caridade. Desenvolver o controle sobre a raiva, o controle dos sentidos, o não-roubar, o não-mentir, o não-matar. Praticando o dharma mudamos nossa atitude, nos libertamos do sofrimento e nos sintonizamos com as leis universais e divinas.
Nossa grande tarefa é mudar a nós mesmos, com determinação, perseverança e muita paciência. Viemos a este planeta não com o propósito de sofrer passivamente ou apenas passarmos um tempo aqui. Viemos a este abençoado planeta Terra com o propósito de aprender, de evoluir, de crescer espiritualmente, de desenvolver virtudes em nosso interior. Tudo o que temos a fazer é melhorar a nós mesmos e agir de acordo com o dharma, a retidão: o correto pensamento, a correta palavra, a correta ação, o correto modo de viver.
Quando compreendermos verdadeiramente que as futuras condições de nossas vidas são determinadas por nossos pensamentos, palavras e ações de hoje, viveremos cada momento com mais responsabilidade.
Precisamos confiar mais em Deus e compreender que Ele nos colocou neste mundo com um plano de evolução. Deus não nos criou para sofrer e nem fomos colocados na Terra para lutar por nós mesmos. Ele nos apóia e protege mesmo quando não lembramos Dele.
A base de uma vida completa é fé e amor que conquistamos através da oração, do canto dos mantras, da meditação, dos pensamentos positivos e elevados. Essas práticas devem ser feitas com regularidade para que encontremos o apoio interior que traz contentamento e entusiasmo e que tanto nos ajuda nos momentos difíceis.
Não devemos fugir das práticas espirituais nos tempos difíceis, pois são momentos de crescimento e aprendizado. Se tudo fosse fácil e muito doce todo o tempo, Deus seria esquecido. Os problemas e dificuldades nos fazem pensar em Deus e encontrá-Lo.
Nossas tendências negativas não vão embora por elas mesmas. Assim existe o processo purificador. Por essa razão, meditamos, fazemos yoga, repetimos o mantra, cantamos mantras, fazemos serviço altruísta, aplicamos os ensinamentos em nossa vida diária, nos tornamos mais disciplinados, começamos a nos entregar à vontade do Ser interior. Todas essas práticas vão eliminando as tendências negativas e os hábitos errados.
Somos criaturas de hábitos e muitos deles são negativos. Muitas vezes, sabemos o que é bom para nós e o que é ruim, mas permitimos a nós mesmos fazer o que é ruim para nós. Não fazemos o que é bom e quando estamos fazendo o que é ruim, pensamos: “Eu nunca mais farei isso de novo, esta é a última vez”. E a pessoa pode fazer algo pela última vez muitas e muitas vezes.
A única maneira que podemos ficar livres dos hábitos negativos é substituindo-os por um hábito bom, por um hábito benéfico.

 Emilce Shrividya Starling

Eu Quero Saber

Não me interessa o que você faz para viver.
Eu quero saber o quê, de fato, você busca e se você é capaz de ousar sonhar em encontrar as aspirações do seu coração.
Não me interessa a tua idade.Eu quero saber se você será capaz de se transformar num tolo para poder amar, viver os seus sonhos, aventurar-se de estar vivo.
Não me interessa qual o planeta que está em quadrante com a tua lua.
Eu quero saber se você tocou o centro da tua própria tristeza. E se você tem sido exposto pelas traições da vida, ou se você tem se contorcido e se fechado com medo da própria dor.
Eu quero saber se você é capaz de ficar com a alegria, a minha e a sua.
Se você é capaz de dançar loucamente e deixar que o êxtase te envolva até a ponta dos dedos dos pés e das mãos, e sem querer nos aconselhar a sermos mais cuidadosos, mais realistas, ou nos lembrar das limitações do ser humano.
Não me interessa se a história que você está me contando é verdadeira.
Eu quero saber se você é capaz de desapontar o outro para ser verdadeiro consigo mesmo.
Se você é capaz de escutar a acusação de traição e não trair a sua própria alma.
Eu quero saber se você pode ser confiável e verdadeiro.
Eu quero saber se você pode ver a beleza mesmo quando o dia não está belo.
E se você pode conectar a sua vida através da presença Divina.
Eu quero saber se você é capaz de viver com os fracassos, os teus e os meus, e mesmo assim se postar nas margens de um lago e gritar para o reflexo da lua: "SIM"
Não me interessa onde você mora ou quanto dinheiro você ganha.
Eu quero saber se você é capaz de acordar depois da noite do luto e do desespero, exausto e machucado até a alma, e fazer aquilo que precisa ser feito.
Não me interessa o que você é, ou como você chegou aqui.
Eu quero saber se você irá postar-se no centro do fogo comigo e não fugir.
Não me interessa onde, o quê, ou com quem você estudou.Eu quero saber o que te sustenta interiormente quando tudo o mais desaba.
Eu quero saber se você é capaz de ficar bem consigo mesmo.
E se você realmente é boa companhia para si mesmo nos momentos vazios."

Autor: Oriah (Sonhador da Montanha)  Ancião Indígena

Ilusões e Fantasias

Se você fosse abordado por um vendedor de ilusões e fantasias, lhe daria ouvidos? Compraria seus produtos?Antes que você responda, pensemos um pouco sobre o assunto.
Quando buscamos prazer no prazer alheio, estamos vivendo de ilusões e fantasias.Quando lemos revistas que exibem pessoas bonitas, elegantes, famosas, se deleitando em paraísos de mentira, estamos buscando sorver o prazer dessas pessoas como se estivéssemos em seu lugar.

Há revistas especializadas em criar um mundo maravilhoso, do qual só podem fazer parte as pessoas ricas, bonitas e elegantes, ou, se não são bonitas, pelo menos devem ter estilo.

E, nessas páginas que vêm maravilhosamente ilustradas, compramos fantasias e sorvemos ilusões e mentiras.

Quando essas páginas retratam uma mulher jovem, bonita, no seu quinto casamento, estampando no rosto um sorriso amarelo, simulando felicidade, não podemos imaginar que essa seja a realidade.

Não há pessoa que possa, por mais fria que seja, envolver-se com vários cônjuges e filhos, e sair sem ferir ou ferir-se.

Quando um homem, de mais de 60 anos, que acaba de deixar esposa e filhos se exibe, fingindo felicidade suprema, com uma esposa de 25, não pode estar vivendo mais que uma fantasia.

Ou será que é possível construir a felicidade sobre os escombros dos outros, em cujos corações cravamos o punhal da infidelidade e da indiferença?

Observemos, com atenção, os olhares dessas pessoas que vendem ilusões e fantasias e perceberemos sombras de tristeza imanifesta. São as gotas de amargura brotando nas profundezas da alma vazia e sem esperança.

Assim, antes de mergulharmos no mar das ilusões aportando em ilhas de fantasias, reflitamos se esse é o caminho que nos conduzirá à felicidade efetiva.

Busquemos, antes, exemplos de dignidade e honradez. Tomemos, de preferência, o barco singelo do trabalho digno e vistamos o colete da honestidade para que estejamos seguros se, porventura, o mar ficar revolto.

Não embarquemos na canoa furada das ilusões e fantasias, que não resiste aos embates das primeiras ondas da razão e do bom senso.

Contou-nos um amigo, que esteve nos Estados Unidos, que uma senhora rica e excêntrica possuía um carro que era a sua paixão.

Manifestou, em vida, o desejo de ser enterrada dentro dele. E assim foi feito.

Quando morreu, os filhos prepararam o corpo e o colocaram no interior do veículo, enterrando-o conforme o desejo.

Passado algum tempo, esse nosso amigo, que é médium, intrigado com aquele fato, foi abordado pelo Benfeitor espiritual que lhe disse com pesar:

É, a nossa irmã conseguiu que enterrassem o seu corpo num automóvel luxuoso, mas, infelizmente, no mundo dos Espíritos ela está a pé, dependendo da misericórdia alheia.

Assim acontece com muitos de nós que nos permitimos viver de sonhos que nunca se tornarão realidade.

Agora já temos elementos para responder a pergunta inicial: Você compraria ilusões e fantasias?

Retiremos a venda dos olhos e despedacemos as lentes escuras que nos impedem fixar as claridades reais da vida, promovendo o nosso programa de ação eficiente onde nos encontramos. Nada de ilusões.

Redação do Momento Espírita

É Amor ou Apenas Comodismo?

Reflita se o seu relacionamento merece ou não uma nova chance
Tem gente que gosta de acumular coisas. Outras acumulam pessoas.
Muitas vezes, com medo de ficar só, mantemos relações já desgastadas, nas quais o prazer foi esquecido há muito tempo. Carregamos nas costas o peso do comodismo, fechando os olhos para novas oportunidades.
Quantas relações assim você mantém em sua vida, com medo do novo?
Falta de compreensão, de companheirismo, de diálogo, de respeito e de confiança são fatores que realmente podem acabar com um amor. Conforme o tempo passa, a sensação é de que tudo que já existiu está acabando. Como se os tons de uma tela perdessem as cores fortes, por acúmulo de poeira ou exposição ao sol. Pura falta de cuidado.
Ser feliz ou ter razão?

Muitos casais permanecem juntos, mas não se sentem satisfeitos. Acabam reclamando com frequência das decepções causadas por brigas, discussões e desconfianças.
Situações mal resolvidas são realmente difíceis, mas costumo dizer que nada é impossível nesta vida. Se desejarmos com o nosso coração, acabamos realizando as mudanças mais inusitadas.
Arriscar na própria transformação é a única maneira de realmente tentar reinventar uma relação de amor.
Quando mergulhamos nas nossas fraquezas, sempre acabamos por descobrir a intransigência,o orgulho, a prepotência e o próprio desgaste pessoal. Além de falta de amor próprio e a desonestidade consigo mesmo. Quando procuramos uma válvula de escape num outro relacionamento para preencher o vazio interno, na maior parte das vezes estamos com muita vontade de ter razão e pouca vontade de ser feliz.
Se um dos envolvidos realmente decide assumir suas próprias dificuldades e elimina o hábito de apontar o outro como a causa absoluta de seus desagrados, o amor tem grande chance de reviver
Olhe para dentro

Desista de achar que o outro é sempre culpado. Procure nas suas atitudes as mudanças necessárias, na sincera busca da relação que deseja. Você nunca vai conseguir mudar realmente o outro se não mudar a si mesmo primeiro."Você nunca vai conseguir mudar realmente o outro se não mudar a si mesmo primeiro."
O maior problema dos relacionamentos é que esquecemos o quanto amadurecemos, crescemos, mudamos com o tempo. Devemos caminhar juntos, lado a lado, conforme nosso próprio desenvolvimento. Jamais teremos os mesmos sentimentos do início, até porque não somos mais os mesmos. Mas podemos alimentar com carinho todas as diferentes fases de nossas vidas juntos. Transformando todos os dias em um novo recomeço.
Permitir-se ser dependente de outra pessoa é a pior coisa que podemos fazer a nós mesmos. Se você está à espera que alguém o faça feliz, ficará interminavelmente desiludido.
Dê uma chance ao amor
A felicidade não mora no exterior, mas no seu interior. Todos dependemos unicamente de nós mesmos para nos satisfazermos. Depositar no outro esta responsabilidade é desonesto com você e com a outra pessoa também. Todo casal que decide se reconquistar acaba reencontrando e fortalecendo ainda mais o respeito, a admiração, a amizade e o amor.
Desista das velhas frases, reveja seus comportamentos, pensamentos e atitudes. Dê uma chance para vocês. Quando um se modifica, inevitavelmente o outro tende a mudar também. Com os dois conscientes e com vontade de investir nos anos de convivência, um novo e forte sentimento pode queimar em seus corações. Mas se já esta cansado e acredita que não tem mais jeito, não adianta insistir. Neste caso, encha seu coração de coragem, de amor por você e pelo outro, pegue em suas mãos sua vida e seja feliz mesmo assim.
Não se acomode nunca, a vida passa rápido. Sei que não é fácil, longe disso. Afinal reconhecer nossas fraquezas é muitas vezes dolorido. Mas vale muito a pena. Com a lição já aprendida, num próximo momento você pode se dar a oportunidade de fazer tudo diferente, mesmo que seja nesta antiga relação desgastada.
Seria bom que nós entendêssemos que todos os relacionamentos se fazem com cuidados, carinhos, respeito, amizade, atenção, abraços, transparência, elogios e muitos beijos. Devemos construir as relações sobre as qualidades. Jamais acusar. Sempre falar só sobre o que e como nos sentimos. Só desta maneira teremos certeza da verdade, pois só temos condições de falarmos com certeza de nós mesmos, nunca do outro. Aquele que se preocupa em achar os erros do outro não tem tempo para o amor.
Cuidar de nossas relações é como cuidar do amor que dedicamos a nós mesmos!

Regina Restelli

Não Sofra Por Antecedência

Não sofra por antecedência

Concentre-se no agora, em vez de projetar acontecimentos futuros Viramos escravos de nossa mente.
Mesmo com tantos afazeres, perdemos a maior parte do dia e às vezes da oite, imaginando o que vamos fazer ou o que fizemos.
Com que frequência você realmente aproveita as situações da sua vida?
Intervalos ou fins de semana são feitos para descansar sua mente e recarregar as energias?
Ou você continua com a mesma atividade mental?
Seja muito sincero...
Pois é, a maioria é assim.
Nossa sociedade não nos ensina que é bom vivenciar cada coisa de uma vez.
Alguns anos atrás decidi virar minoria e comecei a mudar todos os meus hábitos mentais.
Ainda estou mudando, afinal leva um tempo para reprogramar o inconsciente ou mesmo ver que posso fazer diferente.
E se eu posso, você também pode - se quiser.
Vale a pena.
A primeira coisa que faz a diferença, é que cada atividade receba atenção integral. Assim meu cérebro não se cansa pensando tanto.
Além disso, por estar mais presente, percebo muito melhor as novas oportunidades que surgem à minha volta.
Só com esta pequena mudança, que é dificílima de manter, me tornei mais alegre, confiante e disposta.
Mesmo assim, ainda me pego repetindo padrões de comportamentos que tiram energia.
Ainda hoje, por exemplo me peguei imaginando milhares de opções relacionadas ao início de uma crise familiar.
Claro que quando se fala em família tudo fica ainda mais difícil.
O problema inicial nem é meu, mas me afeta diretamente.
As perguntas que me peguei fazendo (e que eu mesma tentava responder) eram:
- O que poderia estar acontecendo com os envolvidos neste momento?
- Como?
- O que vai acontecer no futuro?
A partir disso, minha mente começou a criar desde soluções simples até mesmo trágicas.
Veja você, que loucura!
Quando finalmente me peguei, fiquei horrorizada com os sentimentos que estavam sendo vivenciados por mim.
Meu coração acelerado e minha face tensionada.
Eu estava criando reações químicas desagradáveis para meu corpo físico.
Pense em termos de moléculas ou células.
A cada alteração química, produzida pelos meus pensamentos, tudo é alterado em meu campo energético, celular e molecular.
Então, o que eu estava fazendo comigo?
Sofria por antecedência.
Para que, nem eu sei.
Mas com certeza eu estava fazendo uma simbiose inútil, pois não poderia adivinhar os próximos acontecimentos, como nunca posso.
Minha mente é sempre inadequada para prever o que quer que seja.
E depois, que arrogância a minha querer resolver um problema que neste caso nem me pertence!
O estresse, a preocupação, a ansiedade são sempre medos que tem suas causas no excesso de futuro e falta de presente.
A mesma coisa acontece com a culpa, o ressentimento, a tristeza.
Todos esses sentimentos são causadas pelo excesso do passado e pouca presença.
Vejo diariamente em consultório a dificuldade que nós humanos temos em nos livrar dos resultados do passado e a projeção disso em nosso futuro.
Se vivêssemos mais atentos com o presente, arrisco dizer que boa parte de nossos problemas ou todos eles, durariam menos ou simplesmente não existiriam.
Em outras palavras, seria bem mais fácil viver.
Bom, o que tive que fazer rapidamente foi, respirar fundo, soltar o ar e admitir minha humanidade.
Depois libertar minha mente, voltando o mais rápido possível para o agora.
Claro que não foi de imediato que consegui silenciar o desnecessário e inadequado, mas depois de anos de treino, após alguns poucos minutos, EU voltei !
A paz e o equilíbrio também.
Como eu fiz isso?
Utilizei uma técnica simples, que pode e deve ser usada sempre que você se pegar vivendo só no mental.
Acompanhe:
1 Comece respirando fundo.
2 Em seguida, preste atenção a tudo à sua volta.
O que vê, cheira, toca e escuta?
O que está acontecendo neste exato momento?
3 Agora direcione sua atenção para o seu corpo.
Como ele está?
O que seus olhos estão vendo?
Quais sensações está percebendo?
Quanto mais firme e determinado for, mais presente estará.
Garanto que após alguma insistência, você vai acabar controlando o ritmo mental e sentir-se mais calmo.
Esta tranqüilidade aos poucos mostrará sua posição interna perante o que esta acontecendo.
E é só isso que basta saber.
Quer fazer um pequeno teste?
Esqueça todas as situações e emoções e por um instante preste atenção na sua vida agora, neste instante em que lê este texto.
Perceba estes momentos que se seguem, onde a vida realmente se manifesta.
Preste atenção no agora.
Viver só é possível neste momento presente.
O passado acabou, não existe mais.
E o futuro será o reflexo do que vivemos.
Então, observe o seu presente e se pergunte: como eu estou agora e o que quero para o meu futuro?
Este é o segredo do bem-estar.
Aja sempre no agora.
Aceite e identifique tudo que está acontecendo, para poder no próximo momento presente, transformar tudo se for preciso.

Regina Restelli

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Caridade do Pensamento

Sabemos todos que o pensamento é onda de vida criadora, emitindo forças e atraindo-as, segundo a natureza que lhe é própria.
Fácil entender, à vista disso, que nos movemos todos num oceano de energia mental.
Cada um de nós é um centro de princípios atuantes ou de irradiaçôes que liberamos, consciente ou inconscientemente.
Sem dúvida, a palavra é o veículo natural que nos exprime as idéias e as intenções que nos caracterizem, mas o pensamento, em si, conquanto a força mental seja neutra qual ocorre à eletricidade, é o instrumento genuíno das vibrações benéficas ou negativas que lançamos de nós, sem a apreciação imediata dos outros.
Meditemos nisso, afastemos do campo íntimo qualquer expressão de ressentimento, mágoa, queixa ou ciúme, modalidades do ódio, sempre suscetível de carrear a destruição.
Se tens fé em Deus, já sabes que o amor é a presença da luz que dissolve as trevas.
Cultivemos a caridade do pensamento.
Dá o que possas, em auxílio aos outros, no entanto, envolve de simpatia e compreensão tudo aquilo que dês.
No exercício da compaixão, que é a beneficência da alma, revisa o que sentes, o que desejas, o que acreditas e o que falas, efetuando a triagem dos propósitos mais ocultos que te inspirem, a fim de que se traduzam em bondade e entendimento, porque mais dia menos dia, as nossas manifestações mais íntimas se evidenciam ou se revelam, inelutavelmente, de vez que tudo aquilo que colocarmos, no oceano da vida, para nós voltará.
Emmanuel/Chico Xavier
Da Obra: Paciência

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Casa e Lar

Casa é uma construção de cimento e tijolos.
Lar é uma construção de valores e princípios.

Casa é o nosso abrigo das chuvas, do calor, do frio...
Lar é o abrigo do medo, da dor e da solidão.

Casa é o lugar onde as pessoas entram para dormir, usar o banheiro, comer. Onde temos pressa para sair e retardamos a hora de voltar.

O lar é o lugar onde os membros da família anseiam por estar nele, onde refazem suas energias, alimentam-se de afeto e encontram o conforto do acolhimento. É onde temos pressa de chegar e retardamos a hora de sair.

Numa casa criamos e alimentamos problemas.
O lar é o centro de resolução de problemas.

Numa casa moram pessoas que mal se cumprimentam e se suportam.
Num lar vivem companheiros que, mesmo na divergência, se apóiam e nas lutas se solidarizam.

Numa casa moram pessoas que mal se cumprimentam e se suportam.
Num lar vivem companheiros que, mesmo na divergência, se apóiam e nas lutas se solidarizam.

Numa casa desdenha-se dos nossos valores.
No lar sonhamos juntos.

Numa casa há azedume e destrato.
Num lar sempre há lugar para a alegria.

Numa casa nascem muitas lágrimas.
Num lar plantam-se sorrisos.

A casa é um nó que oprime, sufoca...
O lar é um ninho que aconchega.

Se você ainda mora em uma casa, nós o (a) convidamos a transformá-la, com urgência, em um lar e que Jesus seja sempre o seu convidado especial.

Texto de: Abigail Guimarães (inspirada numa reflexão de Alba Magalhães David)

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Perdoa

Perdoa a violência de teu irmão, silencia e ora.
Aguarda com calma a resposta do céu. Ele poderá chegar a ti, sem o tempo determinado pela tua vontade. Entre o teu irmão e tu, há diferença de análise, e o Plano Espiritual está zelando em favor da paz de ambos.

Pondera a dor que te alcança, pela dor que deve sofrer o teu irmão e tanto quanto te seja possível, ajuda-o com a tua compreensão.
Desculpa incansavelmente, e coloca neste tempo de incerteza e de dor, a colocação necessária a fim de que a paz de ambos se concretize.

Pensa e lembra, quantas vezes terás passado e vencido provas que te pareceram intransponíveis. Hoje as enxergas como sendo pequenas frações de experiência que te ajudam a avançar.
O importante é que, nesta dor de hoje, possas sair ferido sem que firas a ninguém.

O silêncio sem mágoa e sem revide, serão as asas que te ajudarão a levantar novos vôos para as faixas de aperfeiçoamento e redenção, junto de outros corações irmãos.
Caminha! Educa-te tolerando e desculpando os companheiros de jornada. A dor, longe de ser castigo, é benção de ensino maior que não devemos desperdiçar pela experiência que nos traz.

Não desconfies da misericórdia divina que nos atende e nos assiste de acordo com as nossas necessidades. Importa reconhecer a nossa inferioridade e a nossa pequenez a fim de que, nunca venhamos a desconfiar nem duvidar do auxílio divino.
Assim, recomeça ainda hoje, o trabalho de oração e da vigilância em ti, e faze das próprias forças, a usina de amor e paz que o Senhor espera em favor de teus semelhantes. O irmão que te ampara fará de ti, um instrumento de Bem, abolindo as vibrações de destruição e de guerra que te procuram. E nesta linha de obediência e submissão, o Senhor te abençoará!

Psicografada pela médium D. Aurora

Efêmero

Se pudéssemos ter consciência do quanto nossa vida é efêmera, talvez pensássemos duas vezes antes de jogar fora as oportunidades que temos de ser e de fazer os outros felizes.

Muitas flores são colhidas cedo demais. Algumas, mesmo ainda em botão. Há sementes que nunca brotam e há aquelas flores que vivem a vida inteira até que, pétala por pétala, tranqüilas, vividas, se entregam ao vento.
Mas a gente não sabe adivinhar. A gente não sabe por quanto tempo estará enfeitando esse Éden e tampouco aquelas flores que foram plantadas ao nosso redor. E descuidamos. Cuidamos pouco. De nós, dos outros.

Nos entristecemos por coisas pequenas e perdemos minutos e horas preciosos. Perdemos dias, às vezes anos.
Nos calamos quando deveríamos falar; falamos demais quando deveríamos ficar em silêncio. Não damos o abraço que tanto nossa alma pede porque algo em nós impede essa aproximação. Não damos um beijo carinhoso "porque não estamos acostumados com isso" e não dizemos que gostamos porque achamos que o outro sabe automaticamente o que sentimos.

E passa a noite e chega o dia, o sol nasce e adormece e continuamos os mesmos, fechados em nós. Reclamamos do que não temos, ou achamos que não temos suficiente. Cobramos. Dos outros. Da vida. De nós mesmos. Nos consumimos.
Costumamos comparar nossas vidas com as daqueles que possuem mais que a gente. E se experimentássemos comparar com aqueles que possuem menos? Isso faria uma grande diferença!

E o tempo passa...

Passamos pela vida, não vivemos. Sobrevivemos, porque não sabemos fazer outra coisa.
Até que, inesperadamente, acordamos e olhamos pra trás. E então nos perguntamos: e agora?!
Agora, hoje, ainda é tempo de reconstruir alguma coisa, de dar o abraço amigo, de dizer uma palavra carinhosa, de agradecer pelo que temos. 
Nunca se é velho demais ou jovem demais para amar, dizer uma palavra gentil ou fazer um gesto carinhoso.
Não olhe para trás. O que passou, passou. O que perdemos, perdemos.
Olhe para frente!
Ainda é tempo de apreciar as flores que estão inteiras ao nosso redor. Ainda é tempo de voltar-se para Deus e agradecer pela vida, que mesmo efêmera, ainda está em nós.

Letícia Thompson

Uma Janela Nos Céus

 As etapas que atravessamos na vida nada mais são que degraus que subimos ou descemos, segundo os caminhos que nós mesmos escolhemos, os atalhos que preferimos e onde decidimos deitar nossa cabeça.
Padecemos? Sim... de vez em quando precisamos dessa parada que nos dá a consciência que nada somos aqui além de filhos em busca de uma terra prometida. Porém sabemos que nosso maná nunca faltará, seja qual for o caminho percorrido e o quanto falta ainda pela frente.
Depositamos demais nossa confiança naquilo que somos e no que nos cremos capazes e vez ou outra precisamos dessa ducha fria que nos faz acordar para que tenhamos a humildade de orar de cabeça baixa e a grandeza de abandonar nosso mais profundo eu aos pés da Cruz.
Damos importância demasiada a certas coisas como se a própria razão da vida dependesse delas. É assim com um pequeno corte no dedo ou uma ferida na alma que fica doendo as vinte e quatro horas do dia. Não importa se o sol brilha, se a chuva sacia, se a comida está boa ou a saúde perfeita. Isso prova nossa insaciedade diante da vida.
Não há ninguém para quem tudo dá sempre errado e ninguém para quem dá tudo certo. Tudo são fases que atravessamos, caminhos às vezes que parecem longos e intermináveis, principalmente quando é o lado dolorido da vida que se apresenta.
Mas...
O importante não é não se perder, nunca errar, não pecar, não tomar decisões erradas e ser alguém exemplar. Essas coisas são objetivos que tentamos alcançar e quanto mais degraus subimos, mais nos aproximamos da perfeição.
O importante mesmo é saber levantar, erguer a cabeça, olhar para frente; é ter a coragem de admitir as falhas, a humildade de pedir perdão, calar na hora certa e falar quando o silêncio parecer insustentável; o importante é deixar as lágrimas caírem e nem por isso se sentir diminuído.
Deus não conta os degraus que subimos ou descemos. Nossa vida é que conta, sofre ou se alegra. Deus é Aquele que está no mais alto degrau estendendo a mão e é o mesmo que está na terra com os braços eternamente abertos e prontos.
Há e haverá sempre uma janela aberta nos céus para nos acolher e o caminho talvez não seja o mais fácil, mas é certamente aquele que vai ter feito nossa vida valer a pena.

Letícia Thompson

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A Difícil Arte da Fé

 Ter fé é banir da vida o “e se?” e caminhar com a cabeça erguida, sem olhar para trás e nem para os lados - é ter a convicção de que aconteça o que acontecer, o objetivo será atingido.
Há quem pense que ter fé é se jogar num buraco escuro, sem saber o que o espera embaixo; mas é exatamente o contrário. Quem tem fé se joga no buraco escuro sim, mas ele sabe, através dos olhos espirituais, o que o espera e não duvida disso; ele constrói sua arca com a certeza que a chuva virá; ele abre os olhos para a promessa e fecha os ouvidos para os que tentam fazê-lo desistir com dúvidas; ele anda sobre as águas e sente terra firme sob os pés ; ele vê saídas e continua a caminhar onde outros desistiram.
Temos fé quando temos a certeza absoluta que não estamos sós. Sabemos que uma Mão nos guia, Braços nos esperam e isso nos reconforta. Perdemos bênçãos por que no meio do caminho, principalmente se este for longo, começamos a questionar. Mas não é fácil pra ninguém manter-se em posição de fé quando tudo parece contrário ao que se espera.
As pessoas mais próximas de Jesus duvidaram. Pedro começou a afundar ao andar sobre as águas, os discípulos todos entraram em pânico por causa de uma tempestade, mesmo sabendo o Mestre do lado e Tomé quis tocar a ferida com as próprias mãos.
Somos assim, nós, incrédulos, porque somos por demais materialistas. Fôssemos mais espirituais e nossa vida seria diferente. Quem só acredita naquilo que vê, só experimenta daquilo que vê; quem acredita em Deus, experimenta a diversidade de bênçãos que Deus coloca a nossa disposição.
A fé é um exercício diário de confiança em Deus e é o resultado da convivência com Ele. Só que Deus não é um Deus que impõe. A nós cabe a busca. Quem já tem fé planta em desertos e vê campos floridos. Quem não tem, peça que Deus dá com alegria.  

Letícia Thompson

Viva o Presente

Viva o hoje, sabendo que o amanhã será fruto do que plantares agora.
Não guarde mágoas, o que passou, por mais que tenha machucado na época, hoje já não importa mais.
Acorde para a vida, busque um novo colorido, faça novas escolhas e descubra a força interior que sempre existirá dentro de você.
Ouse mais, sem temer o desconhecido, porque ser queres ir adiante, é preciso vencer a inércia.
Não permita que as tristezas aflorem no seu ser, viva as pequenas alegrias do dia a dia.
Veja-se como um ser especial, filho de Deus e cheio de potencial para enfrentar as dificuldades.
Não deixe que o pessimismo crie raízes dentro de você, combata-o e jamais deixe que a chama da fé se apague do seu coração.
Caminhe tanto pelos caminhos tortuosos como pelos floridos, levando como companhia a confiança em Deus e em si mesmo.
Analise seus atos, sem receio de assumir um erro, porque esse é o primeiro passo para a renovação.
Leve amor por onde passar, não esquecendo porém de se auto amar, porque jamais poderemos doar algo que não possuímos dentro de nós.
Não se perca entre a correria e o stress, reserve sempre, um tempo para você mesmo e assim verá como entrará em contato com a Providência Divina.
Enxergue os problemas não como tormentas, mas sim, como oportunidade de crescimento.
Sorria mais vezes, porque um sorriso verdadeiro e amoroso é capaz de grandes transformações internas e externas.
Caminhe pela vida, não com um peso nas costas, mas sim, sentindo toda a beleza que o Pai colocou ao nosso redor.
Tenha muitos amigos e com eles compartilhe perdas e conquistas, chore e ria, enfim, viva intensamente cada amizade, porque um amigo de verdade é como um anjo que chega até nós.
Não sofra com as quedas sofridas, acredite, tenha fé e persevere, verás como será mais fácil levantar e prosseguir.
Viva cada minuto intensamente, sabendo que todos os instantes valem a pena.
Trilhe sempre o caminho do bem, mesmo que no início ele pareça cheio de pedras, verá como adiante, ele irá se tornar iluminado.
Quando a dor chegar, não se desespere, assim como chegou, ela irá embora, confie e haverá sempre uma Mão a lhe guiar.
Tenha o coração aberto para o otimismo, porque só quando deixamos as portas abertas, ele pode adentrar e a tudo renovar.
Lembre do passado como um grande aprendizado e não como uma amarra a lhe ferir.
Cure as feridas de sua alma, deixe que as flores cresçam ao seu redor e se encante com o perfume que surgirá.
Escolha as boas sementes e cultive-as dentro de ti.
Não se preocupe em demasia, a resposta que almeja sempre virá.
Siga adiante, sabendo que a sua história é escrita a cada minuto vivido, que a cada instante pode desfazer enganos e trilhar um novo caminho rumo ao progresso espiritual.
Acredite e acima de tudo, viva o presente que hoje está a sua frente...

Sônia Carvalho
Da Obra: E a vida se renova

Bens Espirituais

Agradece ao Pai, a benção da oportunidade de servi-lo, colocando em teu caminho, criaturas desconhecidas, suplicando-te amparo e proteção.
Faz de conta, que são teus familiares bem queridos. Aqueles que, suspiram para ouvir-te falar, e sentir teu amor através de um abraço. Transmita-lhes a confiança que te oferecem, e os sentirás como verdadeiros irmãos.
Não ha riqueza maior, aqui na Terra, que os bens espirituais. E, estes só se conseguem, através do amor que repartimos.
Se não tens familiares achegados, tens os que te procuram como amigos. E se estes não te aceitam o concurso fraterno, eis que, o Pai coloca na tua estrada, os desventurados e sofredores para que os acolhas em seu nome, proporcionando-te a fonte inesgotável da Vida Eterna através da felicidade que se sente do amor, pelo amor de servir em nome do Senhor.
Medita nas bênçãos que o Pai te confia, colocando-te junto de teu próximo necessitado! Não as desperdices, querendo enxergar as faltas do mesmo. Trata de amenizar a dor manifesta, sem prescutar-lhe a causa. É possível que esta resida nas estradas longínquas do passado, e quem sabe, se neles, não apareceras como culpado.
Bendiz, meu filho, todos quanto te procuram! Feliz de quem luta e vive para beneficiar aos outros, porque está ganhando amigos para a Eternidade!

Bezerra de Menezes

sábado, 17 de setembro de 2011

Dalai Lama Disse...

Dalai Lama disse...

Se você quer transformar o mundo, experimente primeiro promover o seu aperfeiçoamento pessoal e realizar inovações no seu próprio interior. Estas atitudes se refletirão em mudanças positivas no seu ambiente familiar. Deste ponto em diante, as mudanças se expandirão em proporções cada vez maiores. Tudo o que fazemos produz efeito, causa algum impacto.

Se existe amor, há também esperança de existirem verdadeiras famílias, verdadeira fraternidade, verdadeira igualdade e verdadeira paz. Se não há mais amor dentro de você, se você continua a ver os outros como inimigos, não importa o conhecimento ou o nível de instrução que você tenha, não importa o progresso material que alcance, só haverá sofrimento e confusão no cômputo final. O homem vai continuar enganando e subjugando outros homens, mas insultar ou maltratar os outros é algo sem propósito. O fundamento de toda prática espiritual é o amor. Que você o pratique bem é meu único pedido.

Determinação, coragem e autoconfiança são fatores decisivos para o sucesso. Não importa quais sejam os obstáculos e as dificuldades. Se estamos possuídos de uma inabalável determinação, conseguiremos superá-los. Independentemente das circunstâncias, devemos ser sempre humildes, recatados e despidos de orgulho.

Seria muito mais produtivo se as pessoas procurassem compreender seus pretensos inimigos. Aprender a perdoar é muito mais proveitoso do que simplesmente tomar de uma pedra e arremessá-la contra o objeto de sua ira. Quanto maior a provocação, maior a vantagem do perdão. É quando padecemos os piores infortúnios que surgem as grandes oportunidades de se fazer o bem a si e aos outros.

A agressão é uma tendência que faz parte do nosso íntimo. Por isso, temos de lutar contra nós mesmos. Homens criados em ambientes rigorosamente não-violentos acabaram se transformando nos mais horríveis carniceiros. O que prova que a semente da mais insana agressividade mora nas profundezas de cada um de nós. Mas nossa verdadeira natureza é de modo geral pacífica. Todos nós conhecemos as agitações da alma humana, que está sujeita a imprevistos assustadores. Mas essa não é a sua força dominante. É possível e é necessário dominar a agressividade.

O que mais nos incomoda é ver nossos sonhos frustrados. Mas permanecer no desânimo não ajuda em nada para a concretização desses sonhos. Se ficamos assim, nem vamos em busca dos nossos sonhos, nem recuperamos o bom humor! Este estado de confusão, propício ao crescimento da ira, é muito perigoso. Temos de nos esforçar e não permitir que a nossa serenidade seja perturbada. Quer estejamos vivenciando um grande sofrimento, ou já o tenhamos experimentado, não há razão para alimentarmos o sentimento de infelicidade.

A felicidade é um estado de espírito. Se a sua mente ainda estiver num estado de confusão e agitação, os bens materiais não lhe vão proporcionar felicidade. Felicidade significa paz de espírito.

É através da arte de escutar que seu espírito se enche de fé e devoção e que você se torna capaz de cultivar a alegria interior e o equilíbrio da mente. A arte de escutar lhe permite alcançar sabedoria, superando toda ignorância. Então, é vantajoso dedicar-se a ela, mesmo que isto lhe custe a vida. A arte de escutar é como uma luz que dissipa a escuridão da ignorância. Se você é capaz de manter sua mente constantemente rica através da arte de escutar, não tem o que temer. Este tipo de riqueza jamais lhe será tomado. Essa é a maior das riquezas.

Quando estiver praticando a caridade, faça-o com alegria e com um semblante radiante. Devemos praticar a caridade com um sorriso no rosto e otimismo no coração.

O aprimoramento da paciência requer a presença de alguém que deliberadamente nos faça mal. Esse tipo de pessoa nos dá a chance de praticarmos a tolerância. A nossa força interior é posta à prova com mais intensidade do que aquela de que o nosso guia espiritual seria capaz. Em essência, o exercício da paciência nos protege da perda da confiança.

Dalai Lama

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Vida Passageira

Se pudéssemos ter consciência do quanto nossa vida é passageira, talvez pensássemos duas vezes antes de jogar fora as oportunidades que temos de ser e de fazer os outros felizes. Muitas flores são colhidas Cedo demais. Algumas, mesmo ainda em botão. Há sementes que nunca brotam e há aquelas flores que vivem a vida inteira até que, pétala por pétala, tranquilas, vividas, se entregam ao vento. Mas a gente não sabe adivinhar. A gente não sabe por quanto tempo estará enfeitando esse Éden e tampouco aquelas flores que foram plantadas ao nosso redor. E descuidamos. Cuidamos pouco. De nós, dos outros. Nos entristecemos  por coisas pequenas e perdemos minutos e horas preciosos. Perdemos dias, às vezes anos. Nos calamos  quando deveríamos falar; falamos demais quando deveríamos ficar em silêncio. Não damos o abraço que tanto nossa alma pede porque algo em nós impede essa aproximação. Não damos um beijo carinhoso "porque não estamos acostumados com isso" e não dizemos que gostamos porque achamos que o outro sabe automaticamente o que sentimos.
E passa a noite e chega o dia, o sol nasce e adormece e continuamos os mesmos, fechados em nós. Reclamamos do que não temos, ou achamos que não temos suficiente Cobramos. Dos outros. Da vida. De nós mesmos. Nos consumimos.  Costumamos comparar nossas vidas com as daqueles que possuem mais que a gente E se experimentássemos comparar com aqueles que possuem menos? Isso faria uma grande diferença. E o tempo passa... Passamos pela vida, não vivemos. Sobrevivemos, porque não sabemos fazer outra coisa. Até que, inesperadamente, acordamos e olhamos pra trás. E então nos perguntamos: E agora? Agora, hoje, ainda é tempo de reconstruir alguma coisa, de dar o abraço amigo, de dizer uma palavra carinhosa, de agradecer pelo que temos. Nunca se é velho demais ou jovem demais para amar, dizer uma palavra gentil ou fazer um gesto carinhoso. Não olhe para trás. O que passou, passou. O que perdemos, perdemos. Olhe para frente! Ainda é tempo de apreciar as flores que estão inteiras ao nosso redor. Ainda é tempo de voltar-se para Deus e agradecer pela vida, que mesmo passageira, ainda está em nós. Pense!... Não o perca mais!

Desconheço o Autor

Mensagem de Conforto II

Se a tristeza tomou conta de você no dia de hoje, silencie.
Se pessoas falaram de ti e se te julgaram, silencie.
Se a magoa te faz chorar, silencie.
Saiba que Deus tudo vê, nada escapa de seus olhos.
Pois Ele conhece o coração dos maus e bons
Nada foge de seus olhos
Não queira revidar e nem discutir
Eu sei que dói, ainda mais quando são pessoas próximas de ti.
Não julgue e que atire a primeira pedra quem nunca errou
Às vezes também falamos dos outros e também julgamos
Deus é misericordioso e nos perdôa
Então é hora de liberar o perdão
Logo o esquecimento chegará
Não pense que escrevo somente para você
Eu também preciso destas palavras para me confortar
Todos nós estamos sujeitos a julgamentos, pois também julgamos.
Eu sei como dói, mas tudo tem o seu tempo.
O meu eu sei que é calar e perdoar
O tempo se encarrega de colocar tudo no lugar
Às vezes nem é preciso uma fofoca
A gente sente no ar e no jeito que nos olham
E como sempre digo nada está oculto que não seja revelado
Na hora certa as coisas se esclarecem
Também sinto vontade de chorar e me isolar
Mas há um Deus que combate por nós
Ele é justo e tudo sabe de nós
Ele conhece nosso coração e somente Ele pode julgar
No mais perdôo aqueles que me feriram
Não é fácil, mas aprendi que primeiro vem à ação depois a reação.
Primeiro o querer e depois Deus nos dá a graça do esquecimento
Tente você vai se surpreender
Um abraço fraterno e fique em paz
Eu por aqui vou pedindo a Deus que abêncõe aqueles que me magoaram
Logo essa dor vai passar e vou sorrir novamente

weck

Mensagem de Conforto

Quando você se observar, à beira do desânimo, acelere o passo para frente, proibindo-se parar.
Ore, pedindo a Deus mais luz para vencer as sombras.
Faça algo de bom, além do cansaço em que se veja. Leia uma página edificante, que lhe auxilie o raciocínio na mudança construtiva de idéias.
Tente contato de pessoas, cuja conversação lhe melhore o clima espiritual.
Procure um ambiente, no qual lhe seja possível ouvir palavras e instruções que lhe enobreçam os pensamentos.
Preste um favor, especialmente aquele favor que você esteja adiando.
Visite um enfermo, buscando reconforto naqueles que atravessam dificuldades maiores que as suas.
Atenda às tarefas imediatas que esperam por você e que lhe impeçam qualquer demora nas nuvens do desalento.
Guarde a convicção de que todos estamos caminhando para adiante, através de problemas e lutas, na aquisição de experiência, e de que a vida concorda com as pausas de refazimento das nossas forças, mas não se acomoda com a inércia em momento algum.

André Luiz/Chico Xavier

A Prece do Silêncio

Pai, que hoje eu possa saber fazer silêncio!
Que os maus pensamentos se calem e que os meus ouvidos sejam surdos para más palavras e maledicências.
Que os meus olhos possam apenas enxergar o bem em todas as coisas por pior que elas pareçam.
Que o meu ego se emudeça e se afaste de julgamentos e condenações.
Que a minha alma se expanda e tenha compaixão por todos os seres vivos.
Que em meu silêncio eu veja que há tempo para fazer preces pelos que já se foram.
Que eu consiga perceber cada recado Teu através das Tuas criações.
Que eu compreenda que a Tua voz é a única que me sopra a verdade nas 24 horas dos meus dias.
Que eu ouça em cada minúsculo ser a grandeza da Tua obra.
Que eu perceba nessa grandeza o quanto és desprovido de orgulho.
Pai, que hoje eu possa saber fazer silêncio!
Que eu saiba calar na hora exata e nessa hora lembrar-me de observar que na música da vida só prevalece a Tua arte...
 ...e que em meio a qualquer som Tu sempre soarás mais alto e jamais hás de calar-Te.

Silvia Schmidt
Da Obra: Preces sem Pressa

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Atritos

Ninguém muda ninguém;
ninguém muda sozinho;
nós mudamos nos encontros.

Simples, mas profundo, preciso.
É nos relacionamentos que nos transformamos.
Somos transformados a partir dos encontros,
desde que estejamos abertos e livres
para sermos impactados
pela idéia e sentimento do outro.

Você já viu a diferença que há entre as pedras
que estão na nascente de um rio,
e as pedras que estão em sua foz?

As pedras na nascente são toscas,
pontiagudas, cheias de arestas.

À medida que elas vão sendo carregadas
pelo rio sofrendo a ação da água
e se atritando com as outras pedras,
ao longo de muitos anos,
elas vão sendo polidas, desbastadas.

Assim também agem nossos contatos humanos.
Sem eles, a vida seria monótona, árida.
A observação mais importante é constatar
que não existem sentimentos, bons ou ruins,
sem a existência do outro, sem o seu contato.
Passar pela vida sem se permitir
um relacionamento próximo com o outro,
é não crescer, não evoluir, não se transformar.

É começar e terminar a existência
com uma forma tosca, pontiaguda, amorfa.
Quando olho para trás,
vejo que hoje carrego em meu ser
várias marcas de pessoas
extremamente importantes.

Pessoas que, no contato com elas,
me permitiram ir dando forma ao que sou,
eliminando arestas,
transformando-me em alguém melhor,
mais suave, mais harmônico, mais integrado.
Outras, sem dúvidas,
com suas ações e palavras
me criaram novas arestas,
que precisaram ser desbastadas

Faz parte...
Reveses momentâneos
servem para o crescimento.
A isso chamamos experiência.
Penso que existe algo mais profundo,
ainda nessa análise.
Começamos a jornada da vida
como grandes pedras,
cheia de excessos.

Os seres de grande valor,
percebem que ao final da vida,
foram perdendo todos os excessos
que formavam suas arestas,
se aproximando cada vez mais de sua essência,
e ficando cada vez menores, menores, menores...

Quando finalmente aceitamos
que somos pequenos, ínfimos,
dada a compreensão da existência
e importância do outro,
e principalmente da grandeza de Deus,
é que finalmente nos tornamos grandes em valor.

Já viu o tamanho do diamante polido, lapidado?
Sabemos quanto se tira
de excesso para chegar ao seu âmago.

É lá que está o verdadeiro valor...
Pois, Deus fez a cada um de nós
com um âmago bem forte
e muito parecido com o diamante bruto,
constituído de muitos elementos,
mas essencialmente de amor.
Deus deu a cada um de nós essa capacidade,
a de amar...
Mas temos que aprender como.

Para chegarmos a esse âmago,
temos que nos permitir,
através dos relacionamentos,
ir desbastando todos os excessos
que nos impedem de usá-lo,
de fazê-lo brilhar

Por muito tempo em minha vida acreditei
que amar significava evitar sentimentos ruins.
Não entendia que ferir e ser ferido,
ter e provocar raiva,
ignorar e ser ignorado
faz parte da construção do aprendizado do amor.

Não compreendia que se aprende a amar
sentindo todos esses sentimentos contraditórios e...
os superando.
Ora, esse sentimentos simplesmente
não ocorrem se não houver envolvimento...

E envolvimento gera atrito.
Minha palavra final: ATRITE-SE!

Não existe outra forma de descobrir o amor.
E sem ele a vida não tem significado.

Roberto Crema

Amor, Respeito e Liberdade

Aquilo que existe em mim, e faz parte de mim, pode ser transformado.
Aquilo que é do outro, e faz parte do outro, só pode ser transformado pelo outro e será compreendido e aceito por mim, dentro dos meus limites.
Posso falar ao outro como me sinto em relação ao que ele faz ou diz.
Mas não tenho o poder de controlar o que ele faz ou diz.
Não posso afirmar:"aquilo que você fez ou disse, me feriu".
Eu é que me feri com aquilo que o outro fez ou disse.
Sou dono das minhas emoções, sensações e sentimentos.
Sou dono das minhas atitudes, pensamentos e palavras.
Não é coerente dizer que fiz algo com alguém só porque alguém fez outra coisa comigo primeiro.
Agindo assim sou apenas resposta e eco.
É mais valioso optar por agir ao invés de apenas reagir.
É mais sensato perceber que sou senhor das minhas ações, e se faço ou fiz algo sou o grande responsável por isso.
 Reconheço que as rédeas do meu destino estão em minhas mãos.
E me recuso a segurar as rédeas do destino do outro.
Busco o amor em sua mais bela expressão.
E por isso abro mão de querer ter o controle sobre a vida do outro.
Quero amar com liberdade.
Quero amar com plenitude.
Quero amar antes de tudo porque é bom amar.

Kali Mascarenhas

Parte de Nós

Espero que você possa aceitar as coisas como elas são...
Sem pensar que tudo conspira contra você...
Porque parte de nós é entendimento....
Mas a outra parte é aprendizado...

Que você possa ter forças para vencer todos os seus medos...
Que no final possa alcançar todos os seus objetivos...
porque parte de nós é cansaço...
mas a outra parte é vontade...

Que tudo aquilo que você vê e escuta possa lhe trazer conhecimento...
Que essa escola possa ser longa e feliz...
Porque parte de nós é o que vivemos...
Mas a outra parte é o que esperamos...

Que a manhã possa lhe oferecer todo dia a divina luz..
Que você possa fazê-la seu único e verdadeiro caminho...
Porque parte de nós é dúvida...
Mas a outra parte é crença...

Que você possa aprender a perder sem se sentir derrotado...
Que isso possa fazer você cada vez mais guerreiro...
Porque parte de nós é o que temos...
mas a outra parte é sonho...

Que durante a sua vida você possa construir sentimentos verdadeiros...
que você possa aceitar que só quem soube a sombra; pode saber a luz...
Porque parte de nós é angústia...
Mas a outra parte é conforto...

Que você nunca deixe de acreditar...
Que nunca perca sua fé...
Porque parte de Deus é amor...
E a outra parte também!

Desconheço o Autor

domingo, 11 de setembro de 2011

Teu Carma

Teu carma é o efeito daquilo que causaste.
Modifica teu carma, mudando tuas ações.
Ao transformares teu modo de ser, transformarás as reações na tua existência.
Podes modificar o teu carma, aceitando o teu hoje e reprogramando tuas atitudes desagradáveis.
Ninguém te machuca, tu é que te machucas, mas não percebes; por isso, acusas os outros.
Ninguém te faz infeliz, tu é que esperas que os outros te façam feliz.
A lei do retorno, isto é, a ciclicidade inexorável do tempo, faz com que tudo sempre volte ao ponto de partida; logo, é importante lembrarmos:
- se mudares suas ações, estarás mudando teu carma;
- erros acontecem para ensinar;
- edificação íntima requer esforço pessoal;
- daquilo que deste receberás multiplicado;
- teu carma é o resultado de tuas ações, pois "a cada um de acordo com o seu comportamento".      

Analisa atentamente a ligação entre situações, idéias e acontecimentos. Observa o nexo causal de tudo o que acontece em tua existência e verás que não são por sí só os fatos de vidas passadas que te complicam a existência na atualidade, e sim a perpetuação dos velhos modos de pensar e de agir, das crenças incoerentes e dos pontos de vista contraditórios.

Hammed/Francisco do Espírito Santo Neto
Da Obra: Um modo de entender, uma nova forma de viver

Na Esfera da Palavra

Certa palavra delituosa foi projetada ao mundo por uma boca leviana e, em breves dias, desse quase imperceptível fermento de incompreensão, nasceu vasta epidemia de maledicência.
Da maledicência surgiram apontamentos ingratos, estabelecendo grande infestação de calúnia.
Da calúnia apareceram observações impróprias, gerando discórdia, perturbação, desânimo e enfermidade.
De semelhantes desequilíbrios, emergiram conflitos e desvarios, criando aflição e ruína, guerra e morte.
Meus irmãos, para o médico desencarnado o verbo mal conduzido é sempre a raiz escura de grande parte dos processos patogênicos que flagelam a Humanidade.
A palavra deprimente é sarna invisível, complicando os problemas, enegrecendo o destino, retardando o progresso, desfazendo a paz, golpeando a fé e anulando a alegria.
Se buscamos no mundo selecionar alimentos sadios, na segurança e aprumo do corpo, é indispensável escolher conversações edificantes, capazes de preservar a beleza e a harmonia de nossas almas.
Bocas reunidas na exaltação do mal assemelham-se a caixotes de lixo, vazando bacilos de delinquência e desagregação espiritual.
Atendamos ao silêncio, onde não seja possível o concurso fraterno.
Disse o profeta que «a palavra dita a seu tempo é como maçã de ouro em cesto de prata».
No entanto, só o amor e a humildade conseguem produzir esse milagre de luz.
Para cooperar com o Cristo, é imprescindível sintonizar a estação da nossa vida com o seu Evangelho Redentor.
Busquemos sentir com Jesus.
Não nos esqueçamos de que a língua fala com os homens e de que o coração fala com Deus.

André Luiz/Chico Xavier

Estranha Crise

O mundo vem criando soluções adequadas para a generalidade das crises que o atormentam.
A carência do pão, em determinados distritos, é suprida, de imediato, pela superprodução de outras faixas de terra.
Corrige-se a inflação, podando a despesa.
O desemprego desaparece pela improvisação de trabalho.
A epidemia é sustada pela vacina.
Existe, porém, uma crise estranha - e das que mais afligem os povos - francamente inacessível à intervenção dos poderes públicos, tanto quanto aos recursos da ciência nas conquistas modernas. Referimo-nos à crise da intolerância que, desde o travo de amargura, que sugere o desânimo, à violência do ódio, que impele ao crime, vai minando as melhores reservas morais do Planeta, com a destruição conseqüente de muitos dos mais belos empreendimentos humanos.
Para a liquidação do problema que assume tremendo vulto em todas as coletividades terrestres, o remédio não se forma de quaisquer ingredientes políticos e financeiros, por ser encontrado tão-somente na farmácia da alma, a exprimir-se no perdão puro e simples.
O perdão é o único antibiótico mental suscetível de extinguir as infecções do ressentimento no organismo do mundo. Perdão entre dirigentes e dirigidos, sábios e ignorantes, instrutores e aprendizes, benevolência entre o pensamento que governa e o braço que trabalha, entre a chefia e a subalternidade.
Consultem-se nos foros - autênticos hospitais de relações humanas - os processos por demandas, questões salariais, divórcios e desquites baseados na intransigência doméstica ou na incompatibilidade de sentimentos, reclamações, indenizações e reivindicações de toda ordem, e observe-se, para além dos tribunais de justiça, a animosidade entre pais e filhos, a luta de classes, as greves de múltiplas procedências, as queixas de parentela, os duelos de opinião entre a juventude e a madureza, as divergências raciais e os conflitos de guerra, e verificaremos que, ou nos desculpamos uns aos outros, na condição de espíritos frágeis e endividados que ainda somos quase todos, ou a nossa agressividade acabará expulsando a civilização dos cenários terrestres.
Eis por que Jesus, há quase vinte séculos, nos exortou perdoarmos aos que nos ofendam setenta vezes sete, ou melhor, quatrocentos e noventa vezes.
Tão-só nessa operação aritmética do Senhor, resolveremos a crise da intolerância, sempre grave em todos os tempos. Repitamos, no entanto, que a preciosidade do perdão não se adquire nos armazéns, por que, na essência, o perdão é uma luz que irradia, começando de nós.

 Emmanuel/Francisco Chico Xavier
Da Obra: Mãos Unidas

No Rumo da Paz

Se você retirar a sombra da tristeza que lhe cobre o olhar, observará que o Sol e o tempo renasceram, hoje, a fim de que você possa refazer-se e recomeçar.

Não se sabe de ninguém que houvesse conseguido a restauração ou o êxito em clima de desafeto.

Sorrir atraindo dedicações e possibilidades ou mostrar a face agoniada da irritação, suscitando adversários ou problemas, dependerá sempre de você
Mesmo.

Ódio e medo, inveja ou ciúme, desespero ou ressentimento desajustam a mente, e a mente desequilibrada envenena o corpo.

Procure viver o melhor dos outros e dê aos outros o melhor de você, porque o pessimismo jamais edifica.

Você recebera auxilio e assistência na medida exata das suas prestações de serviço ao próximo, recebendo, ainda, por acréscimo, valiosas bonificações da Providência Divina.

Recordemos que situar-nos nas dificuldades dos outros, de modo a senti-las como se fossem nossas, para auxiliar aos outros, sem exigências ou compensação, é a nossa maneira mais justa de garantir a paz.

Lembremo-nos sempre de que a criatura humana, seja qual for a condição em que se encontre, conquanto as imperfeições ou fraquezas que ainda carregue, é um anjo em formação, caindo às vezes para levantar-se e aprender as lições do Bem com mais segurança. E, segundo as leis da evolução, toda criatura, a fim de burilar-se, é chamada a esforço máximo, no qual a dificuldade e o sofrimento estão incluídos por ingredientes de progresso e sublimação.

Por isto mesmo, em quaisquer ocasiões, seja de alegria ou inquietação, fracasso ou refazimento, se aspiramos a seguir para as vanguardas de elevação e felicidade, amor e luz, só nos resta uma solução: trabalhar.

André Luiz/Chico Xavier
Da Obra: Astronautas do Além

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Se Você Ajudar

Se você ajudar, tudo o que hoje parece ruína e fracasso surgirá amanhã renovado em
dons de renascimento e vitória.
A permanência na Terra é curso de melhoria.
Entretanto, como atingir o divino objeto, se você cristaliza o potencial da simpatia e da
boa vontade, na expectativa inoperante em torno do gesto de seu irmão? Como alcançar
a alegria se nos confiamos à tristeza, animar a outrem, se nos rendemos às sugestões do
desalento e levantar a fé no coração do próximo, se estimamos a posição horizontal da
preguiça interior na incerteza?
Se você ajudar, porém, o mau se fará melhor e o bom se revelará excelente; as mãos
enrijecidas na avareza abrir-se-ão ao seu toque de bondade e o coração endurecido
descerrar-se-á, de novo, à luz, diante de sua manifestação de assistência espontânea.
A gentileza é a filha dileta da renúncia e guarda consigo o dom de tudo transformar, em
favor do infinito bem.
Não se mantenha sob o frio do desânimo ou sob a tempestade do desespero.
Venho para o clima da cooperação e da solidariedade e use a chave milagrosa do sorriso
de entendimento, que auxilia para a felicidade alheia.
Ampare a você mesmo, auxiliando aos outros.
Você não deve exigir o socorro do mundo, quando a verdade é que o mundo nos tem
dado quanto pode e hoje espera confiante o socorro nosso.
Creia, pois, no poder do serviço e da bondade e convença-se de que tudo se converterá
hoje em alegrias e bênçãos para seu caminho se você ajudar.

André Luiz/Chico Xavier
Da Obra: Nosso Livro

Casa Arrumada

Casa arrumada é assim:
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa
entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um
cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os
móveis, afofando as almofadas…
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo:
Aqui tem vida…
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras
e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições
fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante,
passaporte e vela de aniversário, tudo junto…
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos, netos e pros vizinhos.
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca
ou namora a qualquer hora do dia.
Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.

Arrume a sua casa todos os dias…
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela…
E reconhecer nela o seu lugar.

Carlos Drummond de Andrade

domingo, 4 de setembro de 2011

Quando os Anos Dobram...

Eu recordo, falava a senhora, no círculo de amigas, como eu era.
Impetuosa, falava sem pensar. Dizia o que me vinha à cabeça e achava que era dona do mundo.
Caprichosa, queria as coisas do meu jeito e gritava e exigia, sem parar.
Meticulosa, atinha-me a mínimos detalhes. Arrumava o quadro que estivesse um milímetro torto na parede, arrumava o enfeite sobre a mesa.
Entrava em casa e meus olhos procuravam algo que estivesse fora do lugar, para eu ter o prazer de colocar no lugar. E reclamar de quem não o colocara exatamente como eu desejava.
Meu armário de roupas era impecável. Todas as roupas alinhadas, divididas por estação, por cores.
Eu podia procurar uma roupa no escuro e a encontrar. Mas, ai de quem ousasse mexer no armário.
Eu tinha a capacidade de saber se alguém sequer abrira o armário. E era motivo para uma grande discussão.
Tinha os livros em uma grande biblioteca. Separados por autor. Por assunto. Tudo em absoluta ordem alfabética, para facilitar a busca.
Naturalmente, ninguém podia tocar nos livros a não ser que eu apanhasse a obra e a entregasse em mãos.
E as recomendações eram inúmeras. "Cuidado com a capa. Não amasse. Lave bem as mãos antes de abrir o livro."
Sim, eu era assim. Nada do que qualquer pessoa fizesse era suficientemente bom para mim.
Eu fazia a limpeza da casa, porque ninguém fazia como eu. E consumia as horas em ordenar, alinhar, agrupar, ajustar. Para tudo ficar sempre impecável. Um brinco.
O tempo passou. E descobri que eu estava errada em muitas coisas.
Quando minha irmã partiu, bruscamente, levada por um acidente de carro, senti o coração despedaçar.
Então, olhando a casa vazia da sua presença, me perguntei de que valia tudo estar em ordem, impecável?
Eu daria tudo para que ela estivesse ali, e entrasse e bagunçasse os meus livros, a minha louça, as minhas coisas.
Queria vê-la abrir meu armário e escolher uma roupa para vestir, retirando da ordem tanta coisa que estava ali, parada, sem uso.
Depois, partiu meu irmão, minha mãe. Um a um, eles se foram.
E, a cada partida, eu fui descobrindo que o bom é se ter a casa para as pessoas entrarem e se sentirem bem. Viverem, sem serem sufocadas.
Descobri que mais importante do que tudo, aquelas presenças agora ausentes é que davam mesmo sentido à minha vida.
E, então, eu mudei.
Ainda gosto, sim, das coisas arrumadas, em ordem. Mas, sem exageros.
Meus sobrinhos entram em minha casa e brincam. E pulam, sentindo-se à vontade.
Sento-me com eles no chão para folhear os livros, ler histórias, olhar gravuras.
E enquanto lemos, comemos pipoca, chocolate. Tomamos suco.
Como é bom saborear histórias com alguém ávido de curiosidade. Mesmo que tenha os dedinhos sujos de chocolate ou engordurados pela pipoca.
Meu armário de roupas já não anda tão intocável assim. As sobrinhas adoram procurar algo diferente para usar. Memos que seja para o baile à fantasia com suas amigas.
Aprendi a aceitar o trabalho alheio e respeitá-lo, agradecendo.
As horas que passaria encerando, limpando, lustrando, lavando, eu dedico às crianças, aos jovens, aos meus amores.
Sim, eu mudei muito. A vida me ensinou.
Pena que eu tenha precisado receber tantos recados de perdas, para poder aprender.
Poderia ter sido muito mais feliz, desde há muito tempo.
Agradeço a Deus, no entanto, ter acordado a tempo de ainda desfrutar muitas alegrias, na Terra.
Sinceramente espero que ninguém precise passar por isso para aprender.

 Redação do Momento Espírita

Esmola e Caridade

 Escusam-se muitos de não poderem ser caridosos, alegando precariedade de bens, como se a caridade se reduzisse a dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus e proporcionar um teto aos desabrigados.
Além dessa caridade, de ordem material, outra existe - a moral, que não implica o gasto de um centavo sequer e, não obstante, é a mais difícil de ser praticada.
Exemplos? Eis alguns:
Seríamos caridosos se, fazendo bom uso de nossas forças mentais, vibrássemos ou orássemos diariamente em favor de quantos saibamos acharem-se enfermos, tristes ou oprimidos, sem excluir aqueles que porventura se considerem nossos inimigos.
Seríamos caridosos se, em determinadas situações, nos fizéssemos intencionalmente cegos para não vermos o sorriso desdenhoso ou o gesto disprezivo de quem se julgue superior a nós.
Seríamos caridosos se, com sacrifício de nosso valioso tempo, fôssemos capazes de ouvir, sem enfado, o infeliz que nos deseja confiar seus problemas íntimos, embora sabendo de antemão nada podermos fazer por ele, senão dirigir-lhe algumas palavras de carinho e solidariedade.
Seríamos caridosos se, ao revés, soubéssemos fazer-nos momentâneamente surdos quando alguém, habituado a escarnecer de tudo e de todos, nos atingisse com expressões irônicas ou zombeteiras.
Seríamos caridosos se, disciplinando nossa língua, só nos referíssemos ao que existe de bom nos seres e nas coisas, jamais passando adiante notícias que, mesmo sendo verdadeiras, só sirvam para conspurcar a honra ou abalar a reputação alheia.
Seríamos caridosos se, embora as circunstâncias a tal nos induzissem, não suspeitássemos mal de nossos semelhantes, abstendo-nos de expender qualquer juízo apressado e temerário contra eles, mesmo entre os familiares.
Seríamos caridosos se, percebendo em nosso irmão um intento maligno, o aconselhassemos a tempo, mostrando-lhe o erro e despersuadindo o de o levar a efeito.
Seríamos caridosos se, privando-nos, de vez em quando, do prazer de um programa radiofônico ou de T.V. de nosso agrado, visitássemos pessoalmente aqueles que, em leitos hospitalares ou de sua residência, curtem prolongada doença e anseiam por um pouco de atenção e afeto.
Seríamos caridosos se, embora essa atitude pudesse prejudicar nosso interesse pessoal, tomássemos, sempre, a defesa do fraco e do pobre, contra a prepotência do forte e a usura do rico.
Seríamos caridosos se, mantendo permanentemente uma norma de proceder sereno e otimista, procurássemos criar em torno de nós uma atmosfera de paz, tranquilidade e bom humor.
Seríamos caridosos se, vez por outra, endereçássemos uma palavra de aplauso e de estimulo às boas causas e não procurássemos, ao contrário, matar a fé e o entusiasmo daqueles que nelas se acham empenhados.
Seríamos caridosos se deixássemos de postular qualquer benefício ou vantagem, desde que verificássemos haver outros direitos mais legítimos a serem atendidos em primeiro lugar.
Seríamos caridosos se, vendo triunfar aqueles cujos méritos sejam inferiores aos nossos, não os invejássemos e nem lhes desejássemos mal.
Seríamos caridosos se não desdenhássemos nem evitássemos os de má vida, se não temêssemos os salpicos de lama que os cobrem e lhes estendêssemos a nossa mão amiga, ajudando-os a levantar-se e limpar-se.
Seríamos caridosos se, possuindo alguma parcela de poder, não nos deixássemos tomar pela soberba, tratando, os pequeninos de condição, sempre com doçura e urbanidade, ou, em situação inversa, soubéssemos tolerar, sem ódio, as impertinências daqueles que ocupam melhores postos na paisagem social.
Seríamos caridosos se, por sermos mais inteligentes, não nos irritássemos com a inépcia daqueles que nos cercam ou nos servem.
Seríamos caridosos se não guardássemos ressentimento daqueles que nos ofenderam ou prejudicaram, que feriram o nosso orgulho ou roubaram a nossa felicidade, perdoando-lhes de coração.
Seríamos caridosos se reservássemos nosso rigor apenas para nós mesmos, sendo pacientes e tolerantes com as fraquezas e imperfeições daqueles com os quais convivemos, no lar, na oficina de trabalho ou na sociedade.
E assim, dezenas ou centenas de outras circunstâncias poderiam ainda ser lembradas, em que, uma amizade sincera, um gesto fraterno ou uma simples demonstração de simpatia, seriam expressões inequívocas da maior de todas as virtudes.
Nós, porém, quase não nos apercebemos dessas oportunidades que se nos apresentam, a todo instante, para fazermos a caridade.
Porquê?
É porque esse tipo de caridade não transpõe as fronteiras de nosso mundo interior, não transparece, não chama a atenção, nem provoca glorificações.
Nós traímos, empregamos a violência, tratamos ou outros com leviandade, desconfiamos, fazemos comentários de má fé, compartilhamos do erro e da fraude, mostramo-nos intolerantes, alimentamos ódios, praticamos vinganças, fomentamos intrigas, espalhamos inquietações, desencorajamos iniciativas nobres, regozijamo-nos com a impostura, prejudicamos interesses alheios, exploramos os nossos semelhantes, tiranizamos subalternos e familiares, desperdiçamos fortunas no vício e no luxo, transgredimos, enfim, todos os preceitos da Caridade, e, quando cedemos algumas migalhas do que nos sobra ou prestamos algum serviço, raras vezes agimos sob a inspiração do amor ao próximo, via de regra fazemo-lo por mera ostentação, ou por amor a nós mesmos, isto é, tendo em mira o recebimento de recompensas celestiais.
Quão longe estamos de possuir a verdadeira caridade!
Somos, ainda, demasiadamente egoístas e miseravelmente desprovidas de espírito de renúncia para praticá-la.
Mister se faz, porém, que a exercitemos, que aprendamos a dar ou sacrificar algo de nós mesmos em benefício de nossos semelhantes, porque "a caridade é o cumprimento da Lei."

Rodolfo Calligaris
Da Obra: As Leis Morais

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Eles Velam Por Ti

Não os enxergarás com os olhos de carne, nem os escutarás com os ouvidos do corpo.
Entretanto, eles se projetarão na tela do teu pensamento e ressoarão na acústica da tua alma.
Quando a mágoa desejar alojar-se em teu peito, eles te concitarão a removê-la com o trabalho no campo do Bem.
Se a enfermidade difícil ameaçar-te o equilíbrio, eles te farão companhia, sustentando-te o ânimo.
Se a morte arrebatar-te esse ou aquele afeto, eles te falarão da vida além do túmulo, fortalecendo-te a fé no reencontro inevitável, mais além.
Não alcançaram a angelitude, mas já aprenderam a ler a vida pelo alfabeto do amor.
Não ostentam títulos transitórios, mas trazem a alma marcada pela chama viva da solidariedade.
Não se apresentam como donos da verdade, mas seguem fiéis à verdade do progresso inevitável mediante a cooperação na obra do Pai.
Por isso, ante as pedras do caminho, não te desesperes, nem desanima.
Silencia a mente, buscando sintonizar com o Mais Alto, e poderás registrar-lhes a presença bondosa e fraterna, acompanhando-te e sustentando-te.
Ouvirás, sua voz dizendo que não segues a sós.
São os teus amigos da Espiritualidade, a quem te encontras vinculado pelos laços do amor que o tempo não apaga e a morte não consome.
Em tudo, busca entrar nas faixas mentais em que eles te buscam envolver porque, haja o que houver, hoje, amanhã e sempre, eles velam por ti.

Irmã Scheilla/Clayton Levy