Quem mais incomoda a consciência do homem é quem lhe presta maiores benefícios.
Quem lhe diz o que ele não quer ouvir.
Quem o constrange a mudar.
Quem lhe faz constantes provocações.
Quem não lhe deixa esquecer o que ele se esforça por ignorar.
Se não for incomodado, o homem é um ser que se acomoda com extrema facilidade.
Por este motivo, a dor – a dor que, em suas múltiplas metamorfoses, num primeiro momento o instiga a se retrair, para, depois, se expandir e, afinal, se superar.
A dor que, de uma forma voluntária ou involuntária, o próximo se lhe faz instrumento.
Causa, direta ou indireta, das lágrimas que verte.
A dor que lhe é ocasionada pelos que o amam ou pelos que lhe são indiferentes, mas sempre a mesma imensa dor, que mais lhe dói quanto mais lhe toca o cerne da alma.
Irmão José
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