Para quê serve o casamento? O casamento é importante para nossa vida? É uma “instituição falida” como muitos dizem? E o divórcio? O que os espíritos falam sobre isso?
O casamento constitui um dos primeiros atos de progresso nas sociedades humanas. Nela se estabelece a solidariedade fraterna e ocorre em todos os povos, embora seja em condições bem diversas.
Muitos dizem que o casamento é uma “instituição falida.” Ora, a abolição do casamento seria o regresso a infância da humanidade e colocaria o homem abaixo até mesmo de certos animais que lhe dão o exemplo de uniões constantes.
Segundo os espíritos que se comunicaram com o Professor, Filósofo, Cientista e Matemático Hippolyte Léon Denizard Rivail, o Allan Kardec, na segunda metade do século 19, o casamento não é só a união dos sexos pela forma carnal. Nela deve prevalecer a lei do amor, constituindo assim uma união não só material mas também com os laços da alma.
Segundo os espíritos, quis Deus que essa afeição mútua das almas fosse transmitido aos filhos e que não fosse somente um mas dois a amá-los, a cuidar deles e a fazê-los progredir.
Mas vamos analisar os casamentos atuais: a lei do amor é tida em consideração? Aquele amor que envolve respeito, solidariedade, abdicação, dedicação, perdão e tudo que há de mais sublime?
É… pois muitos confundem amor com sexo, desejo, posse, ciúme… Tem até alguns que dizem que o beijo é a “medida do amor”, como se esse sentimento tão grandioso pudesse ser medido com apenas um beijo mais ou menos intenso. Na maioria das vezes, ainda o interesse material prevalece, infelizmente.
Não adianta lei civil, casamento em igreja, reza, despacho, simpatia, nada disso vai segurar um casamento cuja base não está estabelecida na lei do amor.
Quem casa por paixão tem que se lembrar que paixão acaba como a chama de uma pequena vela de aniversário. Basta um sopro que toda aquela ilusão desaparece.
Já quem casa pelo sexo, por que tem uma mulher gostosissima boa de cama ou um maridão gostosão que lhe faz loucuras, o casamento só irá durar enquanto a mulher não engordar e envelhecer ou enquanto o homem não ficar barrigudo, careca e muitas vezes impotente.
A satisfação pura e simples dos instintos no matrimônio levam os casados a uma saturação recíproca e a um isolamento, deteriorando o casamento e levando ao seu declínio.
Com o amor não. O amor é eterno e independe dos interesses materiais. O amor perdoa. O amor não dá espaço para o ciúme. Muito menos para a violência.
Aqueles que não conhecem o amor, provavelmente não tiveram uma boa mãe ou um bom pai. Pois ali está o amor verdadeiro. Os pais que amam verdadeiramente seus filhos, brigam com os pequenos, dizem “não” mas no final sempre perdoam, jamais deixam o filho só e são os seus melhores amigos.
Como o mundo está cada vez mais material, o que vemos é um festival de divórcios. E quem sofre com isso é a nossa juventude, futuro do amanhã, que crescerá sem uma base familiar sólida.
O espírito de Emmanuel, em livro psicografado através de Chico Xavier diz: “Casamento é compromisso e compromisso gera, evidentemente, responsabilidade”. Tá vendo aí? Casamento é coisa séria. Quantos jogadores de futebol famosos, começam a namorar e em menos de um ano casa-se com a moça, consumindo milhões de dólares só na realização da festa e um ano depois se separa muitas vezes com um filho produzido? E quem é a grande vítima de um casamento impensado e infeliz?
É a sociedade. O espírito Francisco do Monte Alverne, ditou a Divaldo Franco: como a sociedade se constitui dos membros que se unem em torno do lar, a família, os filhos são os vitimados indefesos pela leviandade e precipitação dos adultos mal formados.
Os filhos necessitam de exemplos de equilíbrio e devotamento.
A lei do amor, que sempre deve reger as ligações entre um casal, permite que pessoas se procurem e se escolham, mas exige, também, que se respeitem e que se apóiem ante as provas e dificuldades da vida.
O espírito Emmanuel nos esclarece no livro “Vida e Sexo” três tipos de casamento. São eles:
Casamento de provação: quando dois seres se unem e dessa união nasce um casamento dito como infeliz, quando na realidade é necessário para pôr em prova o homem e a mulher. Exemplo, um homem que na encarnação passada era inimigo de determinada pessoa e que nessa nova vida esse mesmo homem escolhe como prova antes de reencarnar um casamento com esse inimigo passado, fazendo com que ele se atraia por ela, casem e depois passe por situações difíceis nesse matrimônio.
Casamento de resgate: como o próprio nome diz é a união com o objetivo de resgatar um erro e transformá-lo em acerto. Um exemplo: na encarnação passada o homem leva com seus atos e atitudes determinada mulher a prostituição. Então nessa nova vida, antes de reencarnar, esse homem já arrependido, consciente e evoluído com o que fez, escolhe fazer o caminho inverso, se casando com uma prostituta e tirando ela de uma vida promíscua.
Casamento pleno: do lado de lá também existem casais que sentem uma grande afinidade espiritual e por isso vivem sempre juntos, nascendo sempre na mesma família ou sendo grandes amigos durante várias e várias reencarnações. Quando nascem com o objetivo de casar, forma o casamento pleno, equilibrado, onde prevalece a afinidade espiritual. Nessas relações, o interesse material e sexual praticamente não tem nenhum valor decisivo na sustentabilidade do casamento. São os chamados casamentos felizes, muitas vezes com o objetivo de formar cidadãos corretos para a sociedade.
E o divórcio?
No item 5 nas páginas 331 a 332 do Evangelho Segundo o Espiritismo, livro onde vários espíritos superiores comentam o evangelho de Jesus Cristo, eles dizem que o divórcio é lei humana que tem por objeto separar legalmente o que já, de fato, está separado. Não é contrário à lei de Deus, pois que apenas reforma o que os homens hão feito e só é aplicável nos casos em que não se levou em conta a lei divina. Se fosse contrário a essa lei, a própria Igreja seria obrigada a considerar prevaricadores aqueles de seus chefes que, por autoridade própria e em nome da religião, hão imposto o divórcio em mais de uma ocasião. E dupla seria aí a prevaricação, porque, nesses casos, o divórcio há objetivado unicamente interesses materiais e não a satisfação da lei de amor.
E ainda dizem: Mas, nem mesmo Jesus consagrou a indissolubilidade absoluta do casamento. Não disse ele: “Foi por causa da dureza dos vossos corações que Moisés permitiu despedísseis vossas mulheres?” Isso significa que, já ao tempo de Moisés, não sendo a afeição mútua a única determinante do casamento, a separação podia tornar-se necessária. Acrescenta, porém: “no princípio, não foi assim”, isto é, na origem da Humanidade, quando os homens ainda não estavam pervertidos pelo egoísmo e pelo orgulho e viviam segundo a lei de Deus, as uniões, derivando da simpatia, e não da vaidade ou da ambição, nenhum ensejo davam ao repúdio.
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O casamento constitui um dos primeiros atos de progresso nas sociedades humanas. Nela se estabelece a solidariedade fraterna e ocorre em todos os povos, embora seja em condições bem diversas.
Muitos dizem que o casamento é uma “instituição falida.” Ora, a abolição do casamento seria o regresso a infância da humanidade e colocaria o homem abaixo até mesmo de certos animais que lhe dão o exemplo de uniões constantes.
Segundo os espíritos que se comunicaram com o Professor, Filósofo, Cientista e Matemático Hippolyte Léon Denizard Rivail, o Allan Kardec, na segunda metade do século 19, o casamento não é só a união dos sexos pela forma carnal. Nela deve prevalecer a lei do amor, constituindo assim uma união não só material mas também com os laços da alma.
Segundo os espíritos, quis Deus que essa afeição mútua das almas fosse transmitido aos filhos e que não fosse somente um mas dois a amá-los, a cuidar deles e a fazê-los progredir.
Mas vamos analisar os casamentos atuais: a lei do amor é tida em consideração? Aquele amor que envolve respeito, solidariedade, abdicação, dedicação, perdão e tudo que há de mais sublime?
É… pois muitos confundem amor com sexo, desejo, posse, ciúme… Tem até alguns que dizem que o beijo é a “medida do amor”, como se esse sentimento tão grandioso pudesse ser medido com apenas um beijo mais ou menos intenso. Na maioria das vezes, ainda o interesse material prevalece, infelizmente.
Não adianta lei civil, casamento em igreja, reza, despacho, simpatia, nada disso vai segurar um casamento cuja base não está estabelecida na lei do amor.
Quem casa por paixão tem que se lembrar que paixão acaba como a chama de uma pequena vela de aniversário. Basta um sopro que toda aquela ilusão desaparece.
Já quem casa pelo sexo, por que tem uma mulher gostosissima boa de cama ou um maridão gostosão que lhe faz loucuras, o casamento só irá durar enquanto a mulher não engordar e envelhecer ou enquanto o homem não ficar barrigudo, careca e muitas vezes impotente.
A satisfação pura e simples dos instintos no matrimônio levam os casados a uma saturação recíproca e a um isolamento, deteriorando o casamento e levando ao seu declínio.
Com o amor não. O amor é eterno e independe dos interesses materiais. O amor perdoa. O amor não dá espaço para o ciúme. Muito menos para a violência.
Aqueles que não conhecem o amor, provavelmente não tiveram uma boa mãe ou um bom pai. Pois ali está o amor verdadeiro. Os pais que amam verdadeiramente seus filhos, brigam com os pequenos, dizem “não” mas no final sempre perdoam, jamais deixam o filho só e são os seus melhores amigos.
Como o mundo está cada vez mais material, o que vemos é um festival de divórcios. E quem sofre com isso é a nossa juventude, futuro do amanhã, que crescerá sem uma base familiar sólida.
O espírito de Emmanuel, em livro psicografado através de Chico Xavier diz: “Casamento é compromisso e compromisso gera, evidentemente, responsabilidade”. Tá vendo aí? Casamento é coisa séria. Quantos jogadores de futebol famosos, começam a namorar e em menos de um ano casa-se com a moça, consumindo milhões de dólares só na realização da festa e um ano depois se separa muitas vezes com um filho produzido? E quem é a grande vítima de um casamento impensado e infeliz?
É a sociedade. O espírito Francisco do Monte Alverne, ditou a Divaldo Franco: como a sociedade se constitui dos membros que se unem em torno do lar, a família, os filhos são os vitimados indefesos pela leviandade e precipitação dos adultos mal formados.
Os filhos necessitam de exemplos de equilíbrio e devotamento.
A lei do amor, que sempre deve reger as ligações entre um casal, permite que pessoas se procurem e se escolham, mas exige, também, que se respeitem e que se apóiem ante as provas e dificuldades da vida.
O espírito Emmanuel nos esclarece no livro “Vida e Sexo” três tipos de casamento. São eles:
Casamento de provação: quando dois seres se unem e dessa união nasce um casamento dito como infeliz, quando na realidade é necessário para pôr em prova o homem e a mulher. Exemplo, um homem que na encarnação passada era inimigo de determinada pessoa e que nessa nova vida esse mesmo homem escolhe como prova antes de reencarnar um casamento com esse inimigo passado, fazendo com que ele se atraia por ela, casem e depois passe por situações difíceis nesse matrimônio.
Casamento de resgate: como o próprio nome diz é a união com o objetivo de resgatar um erro e transformá-lo em acerto. Um exemplo: na encarnação passada o homem leva com seus atos e atitudes determinada mulher a prostituição. Então nessa nova vida, antes de reencarnar, esse homem já arrependido, consciente e evoluído com o que fez, escolhe fazer o caminho inverso, se casando com uma prostituta e tirando ela de uma vida promíscua.
Casamento pleno: do lado de lá também existem casais que sentem uma grande afinidade espiritual e por isso vivem sempre juntos, nascendo sempre na mesma família ou sendo grandes amigos durante várias e várias reencarnações. Quando nascem com o objetivo de casar, forma o casamento pleno, equilibrado, onde prevalece a afinidade espiritual. Nessas relações, o interesse material e sexual praticamente não tem nenhum valor decisivo na sustentabilidade do casamento. São os chamados casamentos felizes, muitas vezes com o objetivo de formar cidadãos corretos para a sociedade.
E o divórcio?
No item 5 nas páginas 331 a 332 do Evangelho Segundo o Espiritismo, livro onde vários espíritos superiores comentam o evangelho de Jesus Cristo, eles dizem que o divórcio é lei humana que tem por objeto separar legalmente o que já, de fato, está separado. Não é contrário à lei de Deus, pois que apenas reforma o que os homens hão feito e só é aplicável nos casos em que não se levou em conta a lei divina. Se fosse contrário a essa lei, a própria Igreja seria obrigada a considerar prevaricadores aqueles de seus chefes que, por autoridade própria e em nome da religião, hão imposto o divórcio em mais de uma ocasião. E dupla seria aí a prevaricação, porque, nesses casos, o divórcio há objetivado unicamente interesses materiais e não a satisfação da lei de amor.
E ainda dizem: Mas, nem mesmo Jesus consagrou a indissolubilidade absoluta do casamento. Não disse ele: “Foi por causa da dureza dos vossos corações que Moisés permitiu despedísseis vossas mulheres?” Isso significa que, já ao tempo de Moisés, não sendo a afeição mútua a única determinante do casamento, a separação podia tornar-se necessária. Acrescenta, porém: “no princípio, não foi assim”, isto é, na origem da Humanidade, quando os homens ainda não estavam pervertidos pelo egoísmo e pelo orgulho e viviam segundo a lei de Deus, as uniões, derivando da simpatia, e não da vaidade ou da ambição, nenhum ensejo davam ao repúdio.
Evangelho Segundo o Espiritismo
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