Guia-me, luz benigna, no meio das trevas que me cercam!...
Ilumina as veredas que meus pés palmilham...
Não te peço que me rasgues vastos horizontes, soberbos panoramas, dilatadas perspectivas...
Suplico-te apenas, ó luz benigna, que ilumine o modesto espaço que cada passo tem mister...
Basta-me um passo, um passo apenas, porque tu sabes onde ponho o pé...
Guia-me, seguro, por escarpas e alcantis...
Guia-me, quando alegrias me exaltam e sofrimentos me deprimem...
Guia-me quando amigos me louvam e inimigos me vituperam, para que eu não julgue melhor nem pior do que sou a teus olhos...
Guia-me, luz benigna, para que nenhuma injustiça me faça injusto...
Que nenhuma ingratidão me faça ingrato...
Que nenhuma amargura me faça amargo...
Que nenhuma maldade me faça mau...
Que eu queira antes sofrer todas as injustiças do que cometer uma só...
Guia-me, luz benigna, e mostra-me que todas as coisas, mesmo as mais pequeninas, são grandes, quando feitas com grandeza de alma...
Guia-me rumo à humilde grandeza de servir, longe da soberba mesquinhez de querer ser servido...
Guia-me cada vez mais longe de mim, cada vez mais perto de ti...
Bem perto de ti...Ó luz benigna!...
Huberto Rohden
Da Obra: Imperativos da Vida
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